Parecem ser manifestações óbvias do nosso provincianismo algumas surpresas, manifestadas por aí, pelo facto do deputado do PS Manuel Alegre, exprimir a opinião de que não concorda com a decisão do encerramento da maternidade de Elvas, transferindo-se (na prática) os serviços para Badajoz.
Mesmo sendo um apoiante do governo, não me consta que um deputado pertencente à maioria governamental tenha assinado algum protocolo de bovinidade que o obrigue a assentir concordantemente com qualquer decisão emanada do governo, por muito imbecil que a considere. Para isso, tem lá estado o deputado Vitalino Canas.
São discordâncias destas que aproximam eleitores de eleitos. E é razoável que manifestem audivelmente a sua discordância se pensarem que a decisão irá constituir um erro grosseiro porque, a par das vantagens tangíveis das poupanças de custos, ir-se-ão sacrificar outros valores intangíveis, como o do patriotismo.
Não era em vão que as casas reais no exílio faziam constar que os seus príncipes nasciam em cima da terra pátria, trazida expressamente para o efeito. Pode estar a sair de moda, mas penso que ainda é aceitável que um cidadão português espere que seja missão do estado português promover a defesa da manifestação dos seus sentimentos patrióticos e que, entre estas, se conte a recusa em aceitar que, ao abrigo do seu Serviço Nacional de Saúde (SNS), este lhe proponha uma solução em que o seu filho ou filha nasça em território espanhol.
Mesmo sendo um apoiante do governo, não me consta que um deputado pertencente à maioria governamental tenha assinado algum protocolo de bovinidade que o obrigue a assentir concordantemente com qualquer decisão emanada do governo, por muito imbecil que a considere. Para isso, tem lá estado o deputado Vitalino Canas.
São discordâncias destas que aproximam eleitores de eleitos. E é razoável que manifestem audivelmente a sua discordância se pensarem que a decisão irá constituir um erro grosseiro porque, a par das vantagens tangíveis das poupanças de custos, ir-se-ão sacrificar outros valores intangíveis, como o do patriotismo.
Não era em vão que as casas reais no exílio faziam constar que os seus príncipes nasciam em cima da terra pátria, trazida expressamente para o efeito. Pode estar a sair de moda, mas penso que ainda é aceitável que um cidadão português espere que seja missão do estado português promover a defesa da manifestação dos seus sentimentos patrióticos e que, entre estas, se conte a recusa em aceitar que, ao abrigo do seu Serviço Nacional de Saúde (SNS), este lhe proponha uma solução em que o seu filho ou filha nasça em território espanhol.
Eu bem sei que o SNS não é um verdadeiro atributo de soberania, que estaria a desconversar se propusesse a desactivação do posto de Elvas da GNR e deixasse entregue o policiamento à Guardia Civil, mas está-se a pisar um terreno escorregadio, porque os serviços de saúde e de educação são, para o cidadão, os atributos mais visíveis da existência do estado moderno, aquele a quem pagamos os nossos impostos.
E isto são sentimentos que se vivem muito entre as populações raianas. Muitos comentários desagradáveis ouvi devido ao facto de, há bastantes anos, a TVE se conseguir ver muito melhor do que a RTP.
Sobretudo, isto é uma opinião que cada um terá, independentemente das pessoas com quem ela se compartilha, sejam eles a minha pessoa, Manuel Alegre ou Marques Mendes. Não vejo ali nenhuma coligação obscura entre certas alas do PS e a oposição do PSD.
Sobretudo, isto é uma opinião que cada um terá, independentemente das pessoas com quem ela se compartilha, sejam eles a minha pessoa, Manuel Alegre ou Marques Mendes. Não vejo ali nenhuma coligação obscura entre certas alas do PS e a oposição do PSD.
Se convém resolver os assuntos considerando também a perspectiva económica, também é verdade que nem tudo pode ser resolvido tomando apenas a perspectiva económica em consideração. Porque, se assim fosse, e só para dar um exemplo, toda a frota ministerial podia ser composta por digníssimos Mercedes Classe A, poupando em custos de aquisição, em custos de exploração e em área de estacionamento.
Mas aí, até imagino os argumentos contrários que se ouviriam no Conselho de Ministros, só que, aposto, nenhum deles teria fundamentação económica…
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