Às vezes não é por baixo dos títulos grandes e gordos que se encontram as melhores notícias do jornal. Aconteceu ontem, dia 27, no Público, onde uma carta ao director diz, por volumes, aquilo em que é que a actividade política se arrisca estar a transformar.
O autor da dita carta, Ricardo Couto Moreira, é, pela discrição, um estudante que esteve na Finlândia a estudar, ao abrigo do programa Erasmus de intercâmbio de alunos. Agora que regressou, apesar de ter frequentado aquele centro de excelência educativa, segundo a propaganda governamental, está… desempregado.
Mas o que mais impressiona na sua carta é a forma metódica como enumera tudo o que é diferente na sociedade entre um país e outro, o que transforma a publicitada visita de José Sócrates do outro dia à Finlândia – isso não diz ele, digo eu – num monumental exercício de relações públicas inconsequente.
Quando as simplificações são excessivas tornam-se ridículas: implemente-se o sistema de ensino finlandês no Burundi! E vamos a ver se daqui a cinco anos o Burundi não há-de ter a sua multinacional de telemóveis!
Estas soluções pacóvias e superficiais fazem-me lembrar um antigo treinador da selecção brasileira, acho que era Saldanha, a quem os jornalistas se fartavam de chatear por não fazer nem grandes estágios, nem grandes concentrações, antes dos jogos da selecção.
- Se concentração ganhasse jogo, o time da prisão não perdia para ninguém…
O autor da dita carta, Ricardo Couto Moreira, é, pela discrição, um estudante que esteve na Finlândia a estudar, ao abrigo do programa Erasmus de intercâmbio de alunos. Agora que regressou, apesar de ter frequentado aquele centro de excelência educativa, segundo a propaganda governamental, está… desempregado.
Mas o que mais impressiona na sua carta é a forma metódica como enumera tudo o que é diferente na sociedade entre um país e outro, o que transforma a publicitada visita de José Sócrates do outro dia à Finlândia – isso não diz ele, digo eu – num monumental exercício de relações públicas inconsequente.
Quando as simplificações são excessivas tornam-se ridículas: implemente-se o sistema de ensino finlandês no Burundi! E vamos a ver se daqui a cinco anos o Burundi não há-de ter a sua multinacional de telemóveis!
Estas soluções pacóvias e superficiais fazem-me lembrar um antigo treinador da selecção brasileira, acho que era Saldanha, a quem os jornalistas se fartavam de chatear por não fazer nem grandes estágios, nem grandes concentrações, antes dos jogos da selecção.
- Se concentração ganhasse jogo, o time da prisão não perdia para ninguém…
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