As histórias, como a vida, raramente são a preto e branco, mas há cinzentos-claros a que vale a pena dar destaque. A senhora da fotografia chama-se Sónia Gandhi, tem 60 anos e é a viúva do antigo primeiro-ministro indiano Rajiv Gandhi e, portanto, nora de outra antiga primeira-ministra indiana, Indira Gandhi.
Actualmente é a líder do maior partido da coligação que está no poder em Nova Deli: o partido do congresso. Mas vale a pena conhecer um pouco da história desta senhora de origem italiana, que casou com o filho da primeira-ministra em 1968, mas que manteve a sua confissão religiosa (católica romana), só adquiriu a nacionalidade indiana 15 anos depois de se ter casado e porque o marido se começou a dedicar à política e que resistiu às pressões para lhe “suceder” politicamente, quando ele foi assassinado em 1991.
Acabou por entrar na actividade política em 1998, como líder do partido do congresso, deputada e a chefiar a oposição parlamentar em1999. Tendo o seu partido ganho as eleições de 2004, a sua nomeação para o cargo de primeira-ministra viu-se contestada pela oposição nacionalista predominantemente hindu pelo facto de ser de origem estrangeira e cristã (uma minoria de 2% na Índia).
Num golpe de mestre, retira a sua candidatura e propõe a de Manmohan Singh (na foto, com Sónia Gandhi) que, apesar de ser um indiano da mais pura estirpe, professa uma religião também minoritária (sikh, uns 2% da população), mas que, por outro lado, era praticamente inatacável pela competência demonstrada anteriormente na pasta de finanças. Singh tornou-se e é hoje o primeiro-ministro da Índia.
Recentemente, na sequência de acusações da oposição de que violava os regulamentos parlamentares ao conservar um emprego público remunerado, demitiu-se do cargo de deputada. Os seus defensores argumentam que nestas ocasiões se demonstrou o seu desapego ao poder, os seus opositores preferem considerá-la uma hábil manobradora política.
Actualmente é a líder do maior partido da coligação que está no poder em Nova Deli: o partido do congresso. Mas vale a pena conhecer um pouco da história desta senhora de origem italiana, que casou com o filho da primeira-ministra em 1968, mas que manteve a sua confissão religiosa (católica romana), só adquiriu a nacionalidade indiana 15 anos depois de se ter casado e porque o marido se começou a dedicar à política e que resistiu às pressões para lhe “suceder” politicamente, quando ele foi assassinado em 1991.
Acabou por entrar na actividade política em 1998, como líder do partido do congresso, deputada e a chefiar a oposição parlamentar em1999. Tendo o seu partido ganho as eleições de 2004, a sua nomeação para o cargo de primeira-ministra viu-se contestada pela oposição nacionalista predominantemente hindu pelo facto de ser de origem estrangeira e cristã (uma minoria de 2% na Índia).
Num golpe de mestre, retira a sua candidatura e propõe a de Manmohan Singh (na foto, com Sónia Gandhi) que, apesar de ser um indiano da mais pura estirpe, professa uma religião também minoritária (sikh, uns 2% da população), mas que, por outro lado, era praticamente inatacável pela competência demonstrada anteriormente na pasta de finanças. Singh tornou-se e é hoje o primeiro-ministro da Índia.
Recentemente, na sequência de acusações da oposição de que violava os regulamentos parlamentares ao conservar um emprego público remunerado, demitiu-se do cargo de deputada. Os seus defensores argumentam que nestas ocasiões se demonstrou o seu desapego ao poder, os seus opositores preferem considerá-la uma hábil manobradora política.
Mesmo estando a Índia praticamente do outro lado do mundo, mesmo estando a Índia normalmente afastada dos holofotes mediáticos, consegue-se identificar uma mulher de categoria quando se encontra uma...
Parece-me que essa Senhora não confunde "Querer é poder" com "Querer o Poder"... algo que se tornou corrente por estas Ocidentais praias, campos e povoados!!!
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