No princípio era o Génesis, o verbo e Cavaco que não prestava atenção nenhuma à Assembleia da República, só lá indo quando tinha mesmo de ser.
Depois veio Guterres, outro estilo, e as visitas regulares do governo à Assembleia. Onde Guterres se saía bem. Onde Guterres se saiu sempre bem. Não foi por se sair mal que, um belo dia, se demitiu, apercebendo-nos nós depois que o seu governo estava já todo carcomido por dentro.
Durão Barroso também se saiu bem, sempre bem, nas interpelações ao governo. Também não foi por se sair mal que nos chegámos a aperceber que ele estava com uma grande vontade de tirar um período sabático enquanto experimentava um empregozito lá fora.
Santana Lopes já era um pino de bowling antes de lá entrar, portanto não interessava nada como ele se sairia. Porque também ele se saiu bem, numa das funções em que, reconhecidamente, tem jeito: pegar num microfone e fazer debate político.
Ontem, foi a vez de Sócrates estar lá, em São Bento, numa interpelação ao governo sobre a Ciência, e saiu-se – adivinhem? – bem, como nos tem acostumado, de resto.
Eu não quero parecer desconfiado, mas também não quero passar por ingénuo. Não preciso de sopesar o par de dados para confirmar que estão viciados, basta que em quatro lançamentos consecutivos eles tenham dado sempre 12 – o primeiro-ministro sai sempre com brilho.
Para isso acontecer, as regras do jogo devem estar viciadas. Já nada me surpreenderia, nem que amanhã – por muito improvável que isso possa parecer – o primeiro-ministro José Luís Arnaut (!) se viesse a sair bem na Assembleia da República.
A argumentação portuguesinha, resignada, há-de dizer que isto é melhor que nada. É uma maneira simplista de pôr o problema: Cavaco não tinha jeito para o faz de conta, nem os seus assessores se aperceberam das vantagens que viriam de fingir que dialogava com a Assembleia da República. Isto continua a não ser nada.
Porque mesmo sendo a Assembleia da República a sede do nosso poder legislativo, não haja dúvidas que, quando ali joga, o nosso poder executivo joga em casa.
Depois veio Guterres, outro estilo, e as visitas regulares do governo à Assembleia. Onde Guterres se saía bem. Onde Guterres se saiu sempre bem. Não foi por se sair mal que, um belo dia, se demitiu, apercebendo-nos nós depois que o seu governo estava já todo carcomido por dentro.
Durão Barroso também se saiu bem, sempre bem, nas interpelações ao governo. Também não foi por se sair mal que nos chegámos a aperceber que ele estava com uma grande vontade de tirar um período sabático enquanto experimentava um empregozito lá fora.
Santana Lopes já era um pino de bowling antes de lá entrar, portanto não interessava nada como ele se sairia. Porque também ele se saiu bem, numa das funções em que, reconhecidamente, tem jeito: pegar num microfone e fazer debate político.
Ontem, foi a vez de Sócrates estar lá, em São Bento, numa interpelação ao governo sobre a Ciência, e saiu-se – adivinhem? – bem, como nos tem acostumado, de resto.
Eu não quero parecer desconfiado, mas também não quero passar por ingénuo. Não preciso de sopesar o par de dados para confirmar que estão viciados, basta que em quatro lançamentos consecutivos eles tenham dado sempre 12 – o primeiro-ministro sai sempre com brilho.
Para isso acontecer, as regras do jogo devem estar viciadas. Já nada me surpreenderia, nem que amanhã – por muito improvável que isso possa parecer – o primeiro-ministro José Luís Arnaut (!) se viesse a sair bem na Assembleia da República.
A argumentação portuguesinha, resignada, há-de dizer que isto é melhor que nada. É uma maneira simplista de pôr o problema: Cavaco não tinha jeito para o faz de conta, nem os seus assessores se aperceberam das vantagens que viriam de fingir que dialogava com a Assembleia da República. Isto continua a não ser nada.
Porque mesmo sendo a Assembleia da República a sede do nosso poder legislativo, não haja dúvidas que, quando ali joga, o nosso poder executivo joga em casa.
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