24 de Março de 1974. Preparando o nascimento da British Airways, que seria a nova companhia aérea de bandeira britânica e que resultava da fusão da BOAC e da BEA, aparecia uma enorme campanha publicitária prévia, que também chegava à imprensa portuguesa (à esquerda). O nascimento oficial da nova companhia estava marcado para dia 31 de Março e o mesmo anúncio ir-se-ia repetir quotidianamente nas futuras edições do jornal. Para quem se dispusesse a reflectir sobre o seu significado, o gesto - decidido por um parlamento de maioria conservadora em 1971 - representava a desistência pelo Reino Unido de um modelo de organização das suas linhas aéreas correspondente às suas pretensões imperiais: uma empresa responsável pelas ligações com a Europa (BEA) e outra (BOAC) com o antigo império (Canadá, Austrália, Índia, África do Sul, etc.). As realidades do que acontecera depois de 1945 tornara aquelas pretensões obsoletas. Com a adesão à CEE, o Reino Unido apostara a fundo na integração europeia. E, como quase todos os países europeus haviam feito, com a Lufthansa, a Air France ou a Alitalia, também o Reino Unido adoptava agora o modelo de uma grande companhia aérea de bandeira.
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