15 de Março de 2019. A catorze dias da data prevista para a saída do Reino Unido da União Europeia, a primeira-ministra Theresa May conseguia fazer aceitar um adiamento pelo parlamento britânico. A desqualificação da classe política inglesa perante a opinião pública que se importava e que importava já começara há muito, desde a decisão de realizar o referendo de 23 de Junho de 2016, e continuara com a forma absolutamente atarantada como as elites políticas do partido conservador no poder (e responsável pela realização do referendo) haviam reagido ao desfecho. Parecia não haver ali ninguém com siso que fizesse a mínima ideia do que havia que fazer. E o desnorte comparava-se com uma das personagens mais estúpidas das séries britânicas de humor: Baldrick, o criado/adjunto de Blackadder. Porque até mesmo Baldrick era conhecido por ter sempre um plano (a cunning plan): estúpido, disparatado e inexecutável. Mas tinha um plano. Theresa May parecia não ter nenhum. O Brexit só veio a ter lugar a 31 de Janeiro de 2020, já o primeiro-ministro era Boris Johnson que, esse dizia ter um plano, só que era como os do Baldrick...
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