Celebrações do 40º aniversário da Alemanha Oriental, a um mês do colapso do regime comunista local. Depois de 1989 nunca mais as coisas foram as mesmas. Em Portugal e apesar do barulho que eles se impuseram fazer logo imediatamente depois de 10 de Março («Cerca de duas centenas de delegados, dirigentes e ativistas sindicais da administração pública manifestaram-se hoje na baixa de Lisboa»), a constatação a cada eleição que passa, é que o ideal e as ilusões comunistas ortodoxas morrem mais um bocadinho. Contudo, pior do que tudo, este lento processo de definhamento tem sido feito sem qualquer dignidade, porque os comunistas se têm agarrado a todos os expedientes e até a amizades fingidas. A propósito daquilo que acabou de acontecer na Rússia (que por lá chamaram eleições presidenciais), vale a pena recordar velhos tempos (Janeiro de 2005), em que o PCP, certamente por solidariedade para com o partido irmão russo*, ainda não se havia tornado na organização incondicionalmente putinista que hoje conhecemos.
* Partido Comunista russo que entretanto, sob Putin, se terá tornado noutra memória histórica, precedendo o PCP. A Rússia actual é a demonstração acabada que uma ditadura é uma ditadura e o que é importante numa ditadura é que ela seja obediente a um ditador independentemente das razões que este último arranje para ser obedecido.
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