No princípio desta tarde, a imprensa britânica começou a dar conta da intenção do primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán jogar por fora em relação aos seus parceiros da União Europeia, prestando-se a ir fazer uma visita ao candidato Donald Trump. É interessante, sem ser surpreendente: não se costuma comentar tais encontros com plebeismos, mas apetece antecipar que será um encontro de chibos cheios de chibança. A esse respeito, só espero que os húngaros não esperem que gostemos deles por eles gostarem daquela personagem... que eles elegem. Mas não é nada disso que interessa agora. O que eu quero é mostrar aquilo que obtive como resultado da pesquisa que efectuei quatro horas depois da notícia acima, ao consultar o nome de Viktor Orbán no Google Notícias em português. É isto que se pode apreciar abaixo: uma notícia de uma referência que Rui Tavares fez ao húngaro vai para quatro dias; uma outra, de hoje, mas de um outro Orbán (que não faço a mínima ideia quem seja...) que levou um empurrão num jogo de futebol. E é (era) isto... O Google Notícias parece não encontrar mais nada com o nome Orbán escrito pela imprensa em português. E depois deparamo-nos nos jornais portugueses com colunistas às mãos-cheias, lamentando-se que «a política externa (...) não aparece na campanha eleitoral» ou que «os nossos políticos (...) não sabem o que é a política externa». Este é um exemplo muito concreto que, quanto a política externa, os jornais que publicam tais lamentos são tão negligentes quanto os políticos que os seus colunistas criticam.
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