24 julho 2017

É MAIS DO QUE APENAS DISCORDÂNCIA...

Depois de ter passado 2015 a profetizar repetidamente as maiores desgraças para a Grécia (acima), é preciso ter o maior dos descaramentos para agora assobiar para o lado e deixar escoar os dias sem um comentário sequer à notícia abaixo - já lá vão doze dias! - sobre a saída da Grécia do procedimento por défice excessivo. Sobre a natureza conturbada do caminho trilhado por eles até aqui, Alexis Tsipras, ao menos, penitencia-se, confessando que cometeu enormes erros - e até isso se pode ler no próprio jornal onde José Manuel Fernandes escreve! Mas o publisher do Observador não cometeu erros de análise. A realidade é que se enganou.
São episódios como este que fazem de José Manuel Fernandes, no âmbito da opinião publicada e da honestidade intelectual, no equivalente daquilo que representa Isaltino de Morais para a gestão autárquica e a ética da causa pública. Passeiam-se ambos por aí, impunes e aparentemente absolvidos pela opinião pública, com a adicional de que a Fernandes nem sequer há razões para o sancionar com o equivalente à estadia no hotel da Carregueira de Isaltino Morais, visto que é só um aldrabão consumado, não roubou nada a ninguém. Mas isso será motivo para convidá-lo para opinar em tudo o que é programa de televisão?...

2 comentários:

  1. Hoje no relatório do FMI foi assumido que as coisas vão melhor porque se afastou o perigo de governos populistas e de tendências de esquerda.Tudo a bem da democracia.O Povo não tem de optar por coisas que nós não queremos

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  2. O irónico é que, se esta saída da Grécia incomodará sobremaneira Fernandes e os restantes comentadores da Direita portuguesa (para quem o caminho seguido pela Grécia era o da perdição), ela também não será muito bem quista dos comentadores da Esquerda portuguesa (e por isso passou mediaticamente desapercebida), porque acaba por diminuir o valor dos resultados da geringonça, reduzindo para um a dois meses a precocidade da saída de Portugal do mesmo procedimento por défice excessivo...

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