Fauquembergues, pequena comuna no extremo norte de França, 12 de Julho de 1917 em plena Primeira Guerra Mundial. Um destacamento do Corpo Expedicionário Português (CEP) faz a guarda de honra a Jorge V. Os soldados portugueses não impressionam pelo seu garbo: se olharmos para os mais próximos da objectiva, do lado direito da foto, as espingardas em ombro arma que deveriam estar em paralelo apontam cada uma em sua direcção; um dos soldados, pela forma como os enfia para dentro, parece mesmo ter os pés-chatos. Mas o que verdadeiramente parece incomodar na fotografia – que é de origem britânica – e que terá levado a dispensá-la como imagem da mais antiga aliança para efeitos de propaganda é o palmo de altura que o general Fernando Tamagnini de Abreu leva sobre sua majestade com o seu metro e 66.
Podia ser pior. O seu contemporâneo Victor Emanuel II, de Itália media 1,53 metros. e não deixa de ser irónico que ambos tivessem usado o título de imperador - um de imperador das Índias e outro da Etiópia (se bem que o legítimo titular deste último, Selassié, também fosse minorca, tanto que quando se sentava no trono precisava de um lacaio para lhe colocar uma almofada por baixo dos pés, para que estes não ficassem a baloiçar).
ResponderEliminarPor sinal, já por aqui me referira a Vítor Manuel III (e não II): (http://herdeirodeaecio.blogspot.pt/2008/05/o-diminuto-vtor-manuel-iii.html)
ResponderEliminarMas o rei de Itália era o que se poderia designar por um "minorca" enquanto Jorge V era apenas uma pessoa relativamente baixa, numa época em que, se bem me recordo e desculpe-me a falta de paciência para o ir comprovar, a média de alturas dos recrutas portugueses era 1,62.
Azar o de sua majestade britânica que Tamagnini fosse um português atípico na sua compleição.