30 janeiro 2016

O «PATHOS» E O «LOGOS» DAS REDES SOCIAIS

Esta fotografia anda a ser partilhada pelo facebook como pretexto para uma insuperável manifestação de indignação para com o desinteresse das gerações mais jovens pelas artes. Uma corrente minoritária dispõe-se a interpretar a fotografia de forma diversa e avança com explicações plausíveis para que os jovens estejam a olhar para os seus phones em vez de apreciarem o quadro. Mas são escassíssimos os comentadores que no meio dos prós e dos contras se querem fazer úteis, identificando o quadro (A Ronda da Noite), o autor (Rembrandt) e a sua localização actual (o Rijksmuseum de Amsterdão). Nem vou especular quando dos que se decidiram a opinar sabiam de antemão qualquer daquelas três informações. Mas, mesmo sem a especulação, aquilo de que suspeito parece-me um aspecto pertinente do problema, para além de me parecer um exemplo emblemático de como os assuntos tendem a ser discutidos nas redes sociais.

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