
Convém estabelecer que não têm que me interessar por aí além o resultado final das contas de exploração desse tipo de organizações quando as utilizo (isso é da responsabilidade de quem as tem que gerir), mas prezo muito a qualidade dos serviços que elas me prestam. E parece-me inequívoco que a qualidade geral dos mesmos na cadeia das Pousadas de Portugal baixou espectacularmente depois da privatização, ao contrário da tabela de preços que preferiu seguir na direcção oposta…

Manda a verdade que confesse que não reclamei formalmente da estadia, conforme podia e devia ter feito, como se um sexto sentido me dissesse que era tempo perdido e que a filosofia geral dos novos proprietários da cadeia parecia ser mais sensível à aparência que à substância. E manda a justiça dizer que há aspectos em que o grupo Pestana mostrou suplantar a antiga Enatur: bombardear-me a caixa de correio electrónico com mensagens de promoções e afins, é um deles…

É evidente que Dionísio Pestana tem todo o direito a gozar as férias como quer e com quem quer. Mais: tem direito à privacidade, suspeitando eu que aquelas fotografias que ilustram a notícia foram tiradas à má fila. Mas poderei alegar em minha defesa que é a organização dele que insiste em assediar-me com propostas de alojamento como que se queixando de que lhes deixei de passar cartão? E que pelos factos fotografados tenho razões redobradas para desconfiar da cultura de qualidade e requinte que ele possa ter inculcado na sua organização?
* Axioma: proposição que não carece de demonstração por ser evidente… quando é.
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