Um dos problemas de sempre da esgrima, independentemente da arma (florete, sabre e espada), foi o da forma de julgar as ocasiões em que ambos os atletas se tocam simultaneamente. Então, antes da introdução da contagem eléctrica dos pontos, muitas injustiças se devem ter cometido: é que cada par de juízes auxiliares (são dois pares) fica encarregue de julgar os toques em cada um dos competidores e ficava para o juiz árbitro, olhando à esquerda e à direita, o julgamento da simultaneidade dos toques…
A contagem eléctrica da pontuação, a partir de dispositivos mecânicos incorporados nas armas, eliminou grande parte dessa imprecisão, embora subsista ainda uma regra subjectiva que atribui o ponto de um toque simultâneo ao atirador que houver assumido a iniciativa do ataque*. Se for considerado que ninguém havia assumido essa iniciativa, então o resultado do toque simultâneo é nulo. Toda esta explicação destina-se a alertar para que, em esgrima pelo menos, tentar espetar o oponente conjuntamente connosco pode não servir de nada...
Parece que, felizmente, a sociedade portuguesa parece estar a ficar mais sofisticada e a não embarcar com a facilidade de outrora nos programas onde a equipa que sustenta o status quo da direcção do futebol em Portugal querem agora apontar a comunicação social. Se é apenas com um documento anónimo** e uma entrevista preparada e calendarizada de antemão por Jorge Nuno Pinto da Costa, não creio que possam iludir a questão essencial, tal qual ouvi ser colocada ontem (surpreendentemente bem!) por Luís Filipe Vieira na SIC Notícias:
- Eles (Pinto da Costa, Valentim Loureiro, etc.) que desmintam*** as transcrições das escutas (telefónicas) que têm vindo a ser publicadas na comunicação social… Dito doutro modo, eles que se defendam das acusações… É que, como acontece com as regras da esgrima, parece que, neste caso do Apito Dourado, Pinto da Costa e o seu grupo já perderam a vantagem da iniciativa do ataque para os oponentes (sejam eles quem forem) e que, mesmo que toquem simultaneamente, já perderam o ponto…
* Apenas no florete e no sabre. Na espada, um toque é atribuído a cada um dos dois concorrentes.
Parece que, felizmente, a sociedade portuguesa parece estar a ficar mais sofisticada e a não embarcar com a facilidade de outrora nos programas onde a equipa que sustenta o status quo da direcção do futebol em Portugal querem agora apontar a comunicação social. Se é apenas com um documento anónimo** e uma entrevista preparada e calendarizada de antemão por Jorge Nuno Pinto da Costa, não creio que possam iludir a questão essencial, tal qual ouvi ser colocada ontem (surpreendentemente bem!) por Luís Filipe Vieira na SIC Notícias:
- Eles (Pinto da Costa, Valentim Loureiro, etc.) que desmintam*** as transcrições das escutas (telefónicas) que têm vindo a ser publicadas na comunicação social… Dito doutro modo, eles que se defendam das acusações… É que, como acontece com as regras da esgrima, parece que, neste caso do Apito Dourado, Pinto da Costa e o seu grupo já perderam a vantagem da iniciativa do ataque para os oponentes (sejam eles quem forem) e que, mesmo que toquem simultaneamente, já perderam o ponto…
* Apenas no florete e no sabre. Na espada, um toque é atribuído a cada um dos dois concorrentes.
** Apesar de muito citado, o documento original, que só estava disponível numa página da SIC Notícias entretanto desapareceu, substituído pelo vídeo das declarações de Rui Santos. Ora bolas!...
*** Gesto que, há que reconhecer, Luís Filipe Vieira fez.
Tal como o futebol é uma coisa simples, também a questão do Apito Dourado é linear: há ou não corrupção no futebol.
ResponderEliminarFalar deste ou daquele jogo é irrelevante.
A melhor prova da falcatrua é o conjunto das escutas telefónicas.
Dizer que são ilegais é já meia confissão.
E nenhum deles nega o que lá se pode ouvir. É chato é, está lá tudo gravado, fruta da época...
Claro que não negam. Como podem?
ResponderEliminarOuve-se!!
Cristina Loureiro dos Santos