A história do Império romano tem um período de 50 anos (235-284) onde a falta de qualidade das fontes históricas originais obriga os historiadores modernos a enrolar um pouco a profundidade da narrativa histórica daquelas cinco décadas, fugindo para as generalidades de realçar a alta rotatividade com que os imperadores se sucederam no trono, quão breves foram os seus reinados e quão raros foram aqueles que morreram de morte natural.
A verdade é que essas explicações generalizantes são histórias: entre os anos de 68 e 69 houve quatro imperadores em rápida sucessão (Galba, Otão, Vitélio e Vespasiano) e, mau grado a curta duração dos governos dos três primeiros, é-nos hoje possível saber muito mais sobre a personalidade de qualquer um deles do que acontece com todos aqueles que foram os seus sucessores dois séculos depois. Sobre estes últimos o que falta são informações de qualidade.
Maximino o Trácio (nestas três primeiras gravuras), que foi o primeiro imperador da série daquele período (235-238), teve uma publicidade horrível. Os responsáveis por escreverem a história do seu reinado, detestavam-no decididamente e transformaram a narrativa do seu reinado numa sucessão de maldades contra o bom povo romano (a sua única preocupação era o financiamento do exército e a obtenção de fundos para tal fim) e a sua personalidade na de um mau de filme Western.
Valha a verdade que a figura do imperador Maximino, a fazer fé nos bustos seus de época cujas imagens aqui se incluem (e a estatuária daquela época, ao contrário das narrativas, é bastante rigorosa…) fazem-nos imaginar alguém que não pareceria simpático, nem figura popular se aparecesse na televisão… Mas também não o imaginamos com os 2,73 metros (!!!) que tais narrativas lhe atribuem que, mais do que respeito, imporiam a nossa comiseração pela sua deformidade*…
* Como acontecia com o gigante de Manjacaze (na fotografia acima, à esquerda, no velório de Salazar em Julho de 1970), Gabriel Monjane de seu nome, um moçambicano que tinha 2,45 metros de altura...
Maximino o Trácio (nestas três primeiras gravuras), que foi o primeiro imperador da série daquele período (235-238), teve uma publicidade horrível. Os responsáveis por escreverem a história do seu reinado, detestavam-no decididamente e transformaram a narrativa do seu reinado numa sucessão de maldades contra o bom povo romano (a sua única preocupação era o financiamento do exército e a obtenção de fundos para tal fim) e a sua personalidade na de um mau de filme Western.
Valha a verdade que a figura do imperador Maximino, a fazer fé nos bustos seus de época cujas imagens aqui se incluem (e a estatuária daquela época, ao contrário das narrativas, é bastante rigorosa…) fazem-nos imaginar alguém que não pareceria simpático, nem figura popular se aparecesse na televisão… Mas também não o imaginamos com os 2,73 metros (!!!) que tais narrativas lhe atribuem que, mais do que respeito, imporiam a nossa comiseração pela sua deformidade*…
* Como acontecia com o gigante de Manjacaze (na fotografia acima, à esquerda, no velório de Salazar em Julho de 1970), Gabriel Monjane de seu nome, um moçambicano que tinha 2,45 metros de altura...
Suas feições são indicativos de que ele sofria de acromegalia.
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