Quem se dispuser a ver até ao fim este vídeo disponível no You Tube onde aparece o major Valentim Loureiro a discursar, e comparar o estilo do discurso do major com um outro vídeo dos Gato Fedorento, em que Ricardo Araújo Pereira, como orador de um comício, é repetidamente interrompido pelo coro das palavras de ordem da assistência, que não passam da repetição da última palavra das frases que ele acaba de proferir, apercebe-se facilmente qual terá sido a fonte de inspiração dos humoristas e como foram poucos os retoques que eles precisaram para compor o seu sketch.
No discurso autêntico e original de 1995 em Gondomar (foi o tal que terminou ao som das celebérrimas palavras de ordem: Guterres!... Guterres!... Gu…ondomar!... Gondomar!... Gondomar!...) assiste-se ao lançamento pantomineiro por parte do major de várias palavras de ordem para serem repetidas pela assistência como 50 mil!... 50 mil!... 50 mil!... ou Nada!... Nada!... Nada!... Enfim, trata-se de apelos prementes e sentidos que em nada (Nada!... Nada!... Nada!...) se distinguem dos emitidos pela turba pré-ensaiada do sketch: - Oh meus amigos olhem que assim eu não consigo dizer nada! - Nada!... Nada!... Nada!...
Só que suspeito que terão sido poucos os que tiveram a independência de espírito para se terem rido a bandeiras despregadas da figura de feirante do major no comício original do PSD em Gondomar. Os Gato Fedorento são uns privilegiados por viverem num país onde os seus verdadeiros rivais, como Valentim Loureiro, produzem peças daquela qualidade superior apenas como subproduto da sua actividade principal. No fundo, o sucesso dos Gato Fedorento é uma demonstração de como os ensinamentos do leninismo permanecem vivos, especialmente naquela sua faceta que estabelece a necessidade de vanguardas esclarecidas para conduzirem as massas…
Mas, como diria a Teresa Guilherme: Esse é afinal um assunto que agora não interessa nada!... (Nada!... Nada!... Nada!...) Porque as mesmas massas que parecem adorar os programas televisivos dos Gato Fedorento atribuem depois maiorias eleitorais robustíssimas ao mesmo Valentim Loureiro nas eleições autárquicas de Gondomar, numa outra demonstração da cultura siciliana dominante no Norte litoral. Será que essa contradição fará algum sentido? Creio que a melhor resposta também poderá ser dada directamente pela turba: Nada!... Nada!... Nada!...
Só que suspeito que terão sido poucos os que tiveram a independência de espírito para se terem rido a bandeiras despregadas da figura de feirante do major no comício original do PSD em Gondomar. Os Gato Fedorento são uns privilegiados por viverem num país onde os seus verdadeiros rivais, como Valentim Loureiro, produzem peças daquela qualidade superior apenas como subproduto da sua actividade principal. No fundo, o sucesso dos Gato Fedorento é uma demonstração de como os ensinamentos do leninismo permanecem vivos, especialmente naquela sua faceta que estabelece a necessidade de vanguardas esclarecidas para conduzirem as massas…
Mas, como diria a Teresa Guilherme: Esse é afinal um assunto que agora não interessa nada!... (Nada!... Nada!... Nada!...) Porque as mesmas massas que parecem adorar os programas televisivos dos Gato Fedorento atribuem depois maiorias eleitorais robustíssimas ao mesmo Valentim Loureiro nas eleições autárquicas de Gondomar, numa outra demonstração da cultura siciliana dominante no Norte litoral. Será que essa contradição fará algum sentido? Creio que a melhor resposta também poderá ser dada directamente pela turba: Nada!... Nada!... Nada!...
E o pior é que, contra esta gentalha (os que nos governam e os que neles votam) o que há a fazer é NADA, isto já não vai a lado algum...
ResponderEliminarEspectáculo os dois vídeos... O Valentim consegue suplantar os gato.
ResponderEliminarNem tem classificação lol
Nada a dizer ;)
Cristina Loureiro dos Santos