4 de Dezembro de 1991. Assim como há coisa de um mês assinalei aqui o desaparecimento da Sabena, este dia de 1991 foi o último dia de operações da Pan American (abreviado Pan Am), que fora, durante décadas a fio, a maior transportadora aérea norte-americana e internacional (perdia apenas em dimensão para a Aeroflot, que possuía o exclusivo de todo o transporte aéreo no espaço soviético). As condições de competição entre transportadoras aéreas eram diferentes na Europa e na América, mas isso não obsta a que a Pan Am fosse considerada uma instituição indestrutível. Tanto assim que, no filme de 1968, 2001 - Odisseia no Espaço, o logo da companhia foi o escolhido para figurar no avião espacial que assegura(ria) as ligações entre a Terra e a Lua (fotografia acima e trecho do filme abaixo). Na verdade, hoje percebe-se que a capacidade de antecipação de quem imaginou aquela cena se revelou demasiado optimista: do ponto de vista técnico, porque em 2001 - e ainda hoje, de resto, vinte anos depois - ainda não há nenhum avião espacial que realize viagens regulares entre a Terra e a Lua; e do ponto de vista económico, porque em 1991 - ou seja, dez anos antes - a transportadora aérea abrira falência. Adiantou-se num caso, atrasou-se no outro.
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