Na fotografia temos João Rendeiro (encoberto) a entrar para a ramona de macacão azul e três grandes microfones (da esquerda para a direita, SIC, TVI e CMTV) empunhados por outros tantos jornalistas que estão encarregues de fazer as perguntas mais cretinas que se lembrem, perguntas que já se sabe que os visados nunca têm intenção de responder. Quanto ao que está a acontecer ao ex-banqueiro lá por terras (sul-)africanas, por mim 'tá bem assim. Azar o dele que escolheu fugir para um país em que parece que o sistema judicial e penal está subfinanciado (já foi a segunda vez que as suas audiências em tribunal se atrasam por causa da falta de electricidade!). E se, no tribunal não pagam as contas da luz, é razoável especular como será a comida na prisão... Estas coisas dos países de terceiro mundo não têm apenas os benefícios dos valores das cauções serem tão ridículos como 2.200 €; as condições de detenção também são de terceiro mundo. É bem feito porque assim João Rendeiro fica pior do que teria ficado se se tivesse mantido por cá e acabado por ir para a Carregueira. Por algum motivo, os escroques veteranos (como Vale e Azevedo que estranhamente, e ao contrário de Manuel Pinho, não tem sido evocado quando se fala de Rendeiro), os escroques que já lá estiveram dentro, quando andam a fugir à justiça fazem-no em países civilizados como o Reino Unido.
Eu creio que no tribunal tem faltado a luz, não por o sistema judicial sul-africano estar subfinanciado e não pagar a conta dela, mas sim porque ela falta em todo o lado.
ResponderEliminarNós aqui em Portugal já não temos experiência disso, mas atualmente, com o preço a que a eletricidade está, creio que anda a faltar luz em muitos sítios do mundo.
E não me admiraria se um dia desses ela faltasse em Portugal também.
Lavoura, se é isso, então estaremos perante uma outra forma do terceiro mundismo sul-africano se exprimir, já que esse problema, já aqui o referi no blogue, tem mais de uma dúzia de anos (2007).
EliminarO que eu não imaginaria é que, 14 anos depois e em vez de melhorar, ele se havia banalizado até ao ponto em que é referido nas notícias.
Não sei se discutir a razão para a falta de luz será assim tão importante para sustentar ou desmentir a ideia que João Rendeiro estará francamente muito pior «instalado» do que estaria se tivesse ficado por cá. O que, em minha opinião, é muito bem feito!
Ele há um ditado, que se dá por muito antigo e se atribui aos chineses (o que eu não garanto...), que estabelece que «Quando o sábio aponta para a lua, há quem fique a olhar para o dedo...». Por sua causa, para mim tem um corolário: «...e o Lavoura faz um comentário à unha.»