Este texto (que foi publicado hoje, acima, à esquerda), em que os seus autores se querem fazer passar por reflexivos - Porque falham as sondagens? - é um disparate tremendo e, mais do que isso, uma habilidade (falhada...) de alguns jornalistas, pretendendo iludir a natureza do problema sobre o qual se questionam. A verdade prosaica é que o problema de fundo não são as sondagens, essas falham, sempre falharam, e vão continuar a falhar, dada a natureza do processo estatístico. Mas aquilo que se pergunta ali "porque falha" é uma outra coisa, é o tratamento jornalístico que esses mesmos jornalistas normalmente depois dão aos dados recolhidos. Quando concluem aquilo que não se pode/deve concluir por necessidades de edição - quando tudo aquilo que deveria ser condicional se torna em definitivo, sem que ninguém cientificamente habilitado o tivesse comprovado. Acima vemos o mesmo jornal Novo e o mesmo jornalista Pedro Correia que hoje se mostram tão dispostos à reflexão, a dar as eleições municipais para Lisboa por decididas alguns meses antes de elas se virem a realizar - Moedas no Bolso; Medina absoluto em Lisboa. Na realidade foi o que se sabe. Mas a pergunta, pertinente é a de saber Porque se decidiram eles a afixar aquele título tão decisivo, quando se estava (na altura) a (cinco) meses das eleições? Quiseram arriscar, e hoje podem orgulhar-se de uma capa que é um exemplar orgulhoso do fiasco jornalístico. Mas não me venham dizer, com uma falsa ingenuidade, que só agora é que descobriram que as sondagens falham...
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