Se a expressão (mal) atribuída a Andy Wahrol fala de 15 minutos de fama a respeito da celebridade instantânea, a edição de há cinquenta anos do Diário de Lisboa (também um Domingo) destacava um caso concreto dessa celebridade abrupta, mas agora devida a um prémio do Totobola de 3 mil contos (15 mil euros), arrecadado por uma jovem de 20 anos chamada Maria Rosa. A pobre moça, que não se lembrara de preencher a cruzinha do boletim que lhe conferiria direito ao anonimato em caso de prémio, recebia agora propostas de todo o país. A reportagem, que tinha uma chamada de primeira página e que era desenvolvida nas duas páginas centrais contava, muito sucintamente, a história da jovem Maria Rosa, que viera de uma povoação rural da região de Tomar para a grande cidade aos 17 anos e que agora se via na posse de uma pequena fortuna (pelas estimativas do pordata, o prémio equivaleria a quase 800 mil euros aos valores actuais). O noivo, um alfacinha do Alto do Pina nunca nomeado pelo nome, é uma presença demasiado insistente ao longo da reportagem... Confesso que gostaria de saber alguma novidade desta Maria Rosa.
Sem comentários:
Enviar um comentário