4 de Setembro, ainda de 1967. Alguns jornais portugueses descobriam que Tom Jones, que era uma das maiores estrelas do music-hall da época estava a passar férias em Albufeira. Mas se Tom Jones «não perde(ia) a cabeça» os jornalistas também não a perderão, descrevendo-o acompanhado d«a mulher (loura) e (d)o filho (gorducho), disposto a esquecer por alguns dias o ritmo sincopado da sua vida de homem célebre. Acha a terra bonita, o sol esplêndido, a água do mar apetitosa. Comprou filigranas. Mandou postais para os colegas e amigos. Não o arrancam tão cedo do Algarve». Aprecie-se este desprendimento em contraste com a insistência subserviente como andamos há meses a ser regular e repetidamente informados que Madonna está a viver em Lisboa. Who cares?... Quero lá saber da Madonna que, ao contrário do Tom Jones há cinquenta anos, há muito tempo que nem tem canções suas a aparecer nas charts. (Estão a ver porque é que às vezes o jornalismo de outrora cria saudades?)
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