Nem mesmo neste momento, em que pelas suas páginas passaram declarações dos dois mais altos responsáveis políticos que se vieram a revelar proféticas, o Observador contemporiza no seu estilo. É sempre uma curiosidade interessante (e rara) ver políticos a ter razão. Mas o estilo do Observador que, no que concerne à apresentação gráfica até mudou recentemente, na sua substância continua tão engajado e rafeiro como desde sempre. O que lhes interessa dar crédito a Marcelo Rebelo de Sousa ou a António Costa (acima), naquelas suas duas antecipações de há três meses e meio, quando se podem esconder agora atrás de alguém da Bloomberg ou do Financial Times (abaixo) para minimizar a autoria da melhoria do rating atribuído pela Standard & Poor's? Pelos vistos o (inesperado) facto não se deve a Costa, mas tão pouco também se deverá a Passos Coelho (isso é só a opinião particular de Rui Ramos), terá sido tudo uma questão de intervenção do BCE ou então a sorte e o "timing" perfeito. Uma opinião que é tanto mais respeitável quanto não é própria, é de uns senhores do estrangeiro. É destas atitudes que se criam e consolidam as reputações de atribuir a uma publicação o labéu de perfeito pasquim.
Sem comentários:
Enviar um comentário