Ontem, num episódio da série televisiva Lewis uma orquestra ensaiava esta peça sem eu a conseguir identificar: partidas que a memória nos começa a pregar cada vez mais. Chama-se Marte. É um dos movimentos de uma suíte composta durante o período da Primeira Guerra Mundial pelo britânico Gustav Holst (1874-1934) e que se intitula os Planetas: são sete movimentos, cada um com o nome de um planeta. O facto poderá levar o leitor (como já aconteceu a muitos antes de si, onde me incluo) a pensar que a perspectiva do compositor fosse a astronómica. Esse equívoco ainda hoje se perpetua e ele também se constata, por exemplo, pela decoração escolhida para os vídeos do You Tube, onde são predominantemente escolhidas fotografias do respectivo planeta para ilustrar cada movimento. Na verdade, a perspectiva de Gustav Holst ao compor a suíte era meramente astrológica. Isso explica a sequência musical da suíte (que seria anacrónica quando comparada com a forma como os planetas se dispõem no espaço): Marte, Vénus, Mercúrio, Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno. Um outro planeta da suíte também frequentemente escutado (sem ser reconhecido) é Júpiter.
Sem comentários:
Enviar um comentário