A grande imagem desportiva do RWC de 1995 não teve nada a ver com os sul africanos e com Nelson Mandela a envergar a camisola dos Springboks. Isso são as histórias de quem apenas se apropria do desporto para outros fins, ainda que nesse caso possam ser hoje considerados benignos e terem sido muito aplaudidos. Mas o verdadeiro grande momento desportivo desse Mundial é aquela jogada em que Jonah Lomu, a caminho de marcar ensaio mas já em desequilíbrio e em vez de fugir para evitar a placagem do defesa inglês Mike Catt, aponta para ele e passa-lhe literalmente por cima, atropelando-o.
Como aqui reconheci já há quatro anos em jeito de paródia, se não reconheço a Jonah Lomu o estatuto de ter sido o maior jogador de rugby do mundo foi só por causa de... Obélix. Mais a sério, uma das vantagens das novas tecnologias nestes momentos é que podemos despedirmo-nos daqueles que partem naquela perspectiva dinâmica em que eles merecem ser recordados.
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