20 novembro 2015

EM POLÍTICA MUDOU-SE MUITO NESTES 36 ANOS...

Em Dezembro de 1979 a Aliança Democrática (composta pelo PSD, CDS e PPM) venceu as eleições intercalares que se realizaram a 2 desse mês. Francisco Sá Carneiro arriscara tudo ao anunciar que não se encarregaria de formar governo caso não alcançasse uma maioria absoluta no parlamento. Mas conseguiu-a, quase tangencial, essa maioria de 6 lugares (128 lugares para os partidos da coligação entre os 250 que então compunham a Assembleia da República) que, embora também pudesse ser qualificada de poucochinha, sempre serviria para fazer aprovar a legislação que o VI Governo entendesse promulgar sem estar dependente das boas vontades de partidos externos à coligação. Note-se que os 128 deputados eleitos nas listas da AD estavam distribuídos internamente em 80 pelo PSD, 43 pelo CDS e 5 pelo PPM. Acresce a isso que o PSD entendera unilateralmente fazer um acordo com um clube de intelectuais (conhecidos por Reformadores) a quem concedera 5 dos seus lugares. Formalmente, o bloco dos deputados do PSD (75) era apenas superior em 1 ao do PS (74), mas isso, por muito que soasse impressivo na época, é hoje um rodapé da história.

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