Ao princípio, quando comecei a aprender a História de Roma, Cláudio II o Gótico (c. 213 - 270) tinha o traço característico na lista de imperadores romanos de ser o primeiro deles a ser identificado por um ordinal, uma necessidade imposta para o distinguir de um homónimo que o precedera no cargo dois séculos, uma prática que se iniciava no Século III mas que se viria a banalizar tanto entre os monarcas europeus que o último imperador romano no Século XV, por exemplo, era conhecido por Constantino XI. A vitória de Cláudio na Batalha de Naísso (268/9) é o acontecimento que mais o distingue.
A vitória foi conseguida contra uma coligação de tribos godas que invadiu o império (mapa acima) e foi por causa dela que ele veio a receber o epíteto de Gótico. Eu, que tenho sido tantas vezes crítico a esse respeito, realço desta vez a qualidade da entrada da wikipedia em português referente àquela batalha. Tudo o que há substancial para saber a seu respeito pode ali ser consultado. Mas o que torna a proeza do imperador Cláudio estranhamente actual e motiva este poste é a coincidência das rotas de invasão dos godos de então e dos levantinos de hoje. E os tempos, estarão assim tão modificados ou não?
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