04 novembro 2015

COMO UM LIVRE ENSAIADO À ENTRADA DA ÁREA

As notícias que se vão sabendo sobre as dificuldades em concretizar um acordo entre PS, BE e PCP e os recados que se passam pela comunicação social de um lado para outro, indiciam-nos que se passaram a últimas semanas a opinar - muitas vezes veementemente! - sobre um cenário que se previa difícil e que afinal poderá nem se concretizar: o tal governo de esquerda. De uma certa forma a situação faz-me lembrar aqueles livres que são batidos à entrada da grande área e em que o remate é precedido de várias simulações encadeadas dos atacantes até que os defensores da barreira perdem o sangue-frio e desatam a correr em direcção à bola. No caso da actual situação política, nem nos interessará saber do golo, porque a dúvida ainda se põe no saber se chegará a haver remate. Mas no meio dos preparativos confesso-me perfeitamente surpreendido com as muitas pessoas de direita que eu julgava respeitadoras das regras do jogo, mas que afinal, confessando-se democratas são mais do género democratas, mas... Ora democratas circunstanciais já eu conhecia: ironicamente os próprios comunistas.

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