Atente-se às datas das três notícias acima - 3 de Fevereiro, 25 de Fevereiro e 12 de Março - e constate-se que no Observador se anda a noticiar repetidamente a mesma notícia desde princípios de Fevereiro até hoje. Nunca se pôs a hipótese de Santana Lopes concorrer pelo PSD na Figueira da Foz mas, pelo menos no Observador, falou-se imenso desse assunto. O processo, idiota, faz-nos lembrar aqueles argumentistas de telenovela, que têm que desenvolver aquela habilidade de encher o argumento, fingindo que acontece alguma coisa quando, na verdade, a narrativa não evolui. Nota-se neste caso de Miguel Santos Carrapatoso que está ali um talento que anda desperdiçado a escrever sobre política. Tragicómica. Pedro Santana Lopes é uma tragicomédia. Mas Miguel Santos Carrapatoso devia escrever novelas, que é mais bem pago que a secção de política. Embora, por outro lado, se registe que o protagonista omnipresente que paira sobre todos estes episódios não é Santana Lopes, mas Rui Rio, esse, sim, o alvo a abater. São dele as «dores de cabeça» que «continuam», conforme se lê na notícia de hoje. Mesmo neste seu formato político, uma novela que se preze precisa de uma personagem que sofra - como sempre aconteceu desde a primeira novela de sucesso em Portugal, a da Coxinha do Tide que, como se depreende, coxeava.
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