13 de Março de 1961. Inicia-se em Londres o julgamento de um dos mais publicitados escândalos de espionagem da Guerra Fria. Começara no ano anterior, quando uma fonte russa da CIA os informara que alguém andava a roubar segredos navais aos ingleses. As investigações destes levaram à descoberta de uma rede de espiões composta por um funcionário público no local, Harry Houghton, a amante dele, Ethel Gee, um genuíno espião russo chamado Konon Molody, que adoptara uma identidade canadiana sob o nome de Gordon Lonsdale, e ainda um casal de livreiros americanos que haviam adoptado os nomes de Peter e Helen Kroger. As provas eram esmagadoras e estes julgamentos eram um espectáculo, em qualquer dos dois sentidos (próprio e figurado) que se queira dar à palavra. No final do espectáculo deste que começava há 60 anos, o cabecilha Lonsdale (à esquerda) veio a ser condenado a 25 anos de cadeia, o casal Kroger (à direita) a 20 anos e Houghton e Gee a 15. Com a aparência de pesadas, ninguém cumpriu as penas na totalidade. Lonsdale foi o primeiro a sair à troca com um espião britânico, logo em 1964. Aos Kroger aconteceu-lhes o mesmo em 1969 (as fotos foram tiradas imediatamente depois da libertação). E os dois últimos, os únicos que ficaram a viver no Ocidente, foram libertados em 1970. Estes julgamentos tinham de ter o aspecto que resultavam em condenações severíssimas, mas depois não eram nada. Apreciem as caras arrependidas dos réus depois de libertados e de terem ido viver para a União Soviética!
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