23 março 2021

O (OUTRO) CASO DE TANCOS

23 de Março de 1971. Com a discrição que a censura impunha (no fundo da última página do Diário de Lisboa), a imprensa publicava a nota supra da PIDE (já então rebaptizada de DGS - Direcção Geral de Segurança):

«Por grave suspeita de ter destruído e danificado aeronaves da Base Aérea de Tancos, é procurado por todas as autoridades do país Ângelo Manuel Rodrigues de Sousa, nascido a 19 de Agosto de 1948, cuja última morada conhecida foi em Espinho, e de que se publicam duas fotografias recentes.Prestava serviço naquela unidade como cabo piloto miliciano, mas usa várias identidades e intitula-se, falsamente, oficial da Força Aérea regressado do Ultramar. Qualquer indicação útil que possa conduzir à captura deste indivíduo deve ser feita às autoridades civis ou militares, ou comunicada à Direcção Geral de Segurança.»

A nota não explica, mas tratara-se de uma acção de sabotagem que destruíra 6 helicópteros e 6 aviões militares ligeiros de transporte. Os autores pertenciam ao PCP. Mas, dessa vez, e a ao contrário desta história mais recente dos paióis, nesse outro caso de Tancos mais antigo, ninguém roubara nada...

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