Se há teses pseudo-científicas absurdas que prosperam na internet, outras há que não há acumulação de estudos científicos que consigam alterar a percepção pública dos seus malefícios. É o caso dos secadores de mãos nos WCs públicos. Os estudos que aparecem publicados são unânimes em concluir que os jactos de ar acabam por facilitar a disseminação dos germes, em vez de os reduzir. Em termos prosaicos, pode-se ir a uma casa de banho pública apenas para urinar, lavar e secar as mãos higienicamente depois disso, e, apenas por efeito de contaminação, sair de lá com as mãos sujas como se tivéssemos feito o serviço completo e atrás da moita. É o que já se concluía, só para exemplo, num Abstract de 2014 do jornal do The Healthcare Infection Society, é o que se continua a concluir noutro Abstract já de 2018, publicado no jornal da American Society of Microbiology. Mas o que é que poderá tanta ciência fazer contra alternativas que, apesar de 200 vezes mais higiénicas (veja-se acima), são inimigas do ambiente, como é o caso das tradicionais folhas de papel? Nos dias que correm todos queremos ser, prioritariamente, amigos do ambiente. A ciência e a higiene não têm nada que se imiscuir nisso. Esqueci-me de esclarecer que os secadores de mãos têm custos de exploração substancialmente mais baratos...
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