A edição de 2 de Abril de 1928 do Diário de Lisboa trazia este curioso apontamento, entre um bloco de pequenas notícias internacionais. Embora dado como oriundo da Áustria, o acontecimento terá tido lugar em Teschen, uma pequena cidade de 15.000 habitantes localizada na fronteira entre a Polónia (onde era designada por Cieszyn) e a Checoslováquia (Těšín). A comunidade judaica local rondaria as 1.000 pessoas, daí a explicação para que os 7.000 convidados tivessem vindo de toda a parte. E não podemos deixar de nos compadecer com a pobre noiva, obrigada pelos costumes a abraçar todos os convidados, tarefa que lhe terá tomada umas boas quatro horas, mesmo em abraços apressados de dois segundos cada. Para quem se queira queixar da ditadura que é imposta por quem fotografa e filma os casamentos actuais, imagine-se como seria a desdita de uma noiva judia que fosse filha de um rabino prestigiado há noventa anos!
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