Ontem à noite a oferta era múltipla em sites que nos disponibilizavam o acompanhamento em directo do percurso da estação espacial chinesa nas suas últimas órbitas até à sua previsível reentrada (e destruição) na atmosfera. E eu escolhi um desses sites, onde se escarrapachava que as imagens eram Ao Vivo, naquela esperança cândida que talvez a sorte me permitisse acompanhar o acontecimento. O site Ao Vivo, muito semelhante ao da figura acima, lá permaneceu activo por um bom par de horas, numa janela escondida que, de quanto em vez me lembrava de ir consultar, para saber o que é que estava a acontecer. Até que lhe aconteceu qualquer coisa, aquilo encravou, e eu regressei ao sítio onde se ofereciam propostas de acompanhamento concorrentes dos últimos momentos da Tiangong 1. Escolhi outro site alternativo e... surpresa! A nave que, ainda há um minuto estava a passar por cima da Colômbia, apresentava-se agora vogando sobre Madagáscar! Um terceiro site, consultado para desempatar, dava-a a meio caminho, sobre o Atlântico Sul! As consultas que fiz depois disso já às fiz com a perspectiva de quem se descobre brindado com uma patranha de primeiro de Abril. A estação chinesa mostrava-se omnipresente nos céus deste nosso planeta, desde o Golfo do México até à Ásia Central (acima) - e tudo isso era-nos explicado que estava a acontecer naquele momento! Claro que depois disso deixei a Tiangong 1 cair sozinha, já que ela não ia precisar do meu acompanhamento em directo para nada. Eu ainda me lembrava que acontecera o mesmo com a Skylab há 38 anos, que por acaso era oito vezes maior que a Tiangong 1, que por acaso até não caiu no mar mas na Austrália, mas que eu esperei, tranquilo, que chegasse cá abaixo, para que depois me contassem as novidades.
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