17 de Abril de 1958. O rei Balduíno inaugurava a Expo 58. Depois da moda das grandes exposições da década de 1930, era o primeiro evento daquele género a ter lugar na Europa treze anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial e boa parte da notoriedade que perdurou desta Expo de Bruxelas - nomeadamente o atomium - deve-se a esse carácter pioneiro de uma Europa que queria regressar ao normal. O certame iria permanecer aberto pelos seis meses seguintes. E, símbolo de um novo género de relações que contribuíam para a aproximação da Europa, durante a vigência do mesmo, a 28 de Maio, realizou-se no estádio do Heysel adjacente mais uma final da Taça dos Campeões Europeus que opôs o Real Madrid ao AC Milan - ganharam os espanhóis por 3-2, após prolongamento. O jornal do dia dava conta que, surpreendentemente, considerada a reputação pátria, o Pavilhão de Portugal na Exposição seria um dos poucos a estar realmente concluído no momento da inauguração. É um defeito nosso tão congénito, hoje como há 60 anos, que não sei se deva acreditar.
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