Se, no final da Taça do Rei, depois das tradicionais vaiadelas ao hino e em jogo jogado, o Barcelona venceu o Sevilha por 5-0, pelo Barcelona, pelo menos com os seus apoiantes mais radicais, continua-se a meter golos, mesmo depois do jogo já ter terminado anteontem. Basta a afixação destas imagens acima do dia do jogo, antes de tudo, das vaiadelas e do jogo, quando da admissão ao estádio, em que se vê que a cor amarela, que é o símbolo do independentismo catalão, está a ser proibida pelas autoridades policiais que controlam as admissões ao estádio. Ou seja, como se lê por aí pelas redes sociais, em Espanha a cor amarela passou a ser um risco de segurança. Sabia-se já da lendária antipatia dos touros pela cor roja. Mais política e menos instintiva, sabia-se também da antipatia do generalíssimo Franco por aquela mesma cor - tantos os seus inimigos de tal cor que acabaram os seus dias encostados ao paredão. Novidade desta Espanha dita democrática é mesmo esta proscrição do amarelo, por ironia a outra das duas cores da bandeira espanhola. Felizmente a política e os políticos castelhanos - que se distribuem transversalmente do PP até ao PSOE - parecem impermeáveis à ironia, a mesma ironia que me leva a publicar aqui o hino do franquismo em homenagem a estes pequenos episódios que fazem da democracia espanhola um regime com um cunho tão... castelhano.
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