19 abril 2018

«SARCO», A MÁQUINA QUE O AJUDA A MORRER QUANDO QUISER

A notícia desta máquina que ajuda a morrer já tem uns dias, dei por ela no Diário de Notícias, e há nela uma passagem que me impressionou tanto que vale a pena transcrevê-la:

«Mas como funciona a máquina da morte? Esta máquina é composta por um caixão destacável, o qual é colocado em cima de um suporte que contém um tanque com nitrogénio. A pessoa que quer morrer, aperta um botão e a cápsula é preenchida com o gás que, inalado em altas doses, é letal. A morte chega em segundos. A princípio, "a pessoa vai sentir-se um pouco tonta, mas rapidamente perde a consciência e morre", explicou Nitschke à agência de notícias France Press. Uma das cobaias disse ao britânico The Guardian como tinha sido a experiência de morrer virtualmente: "Foi realmente uma experiência e uma coisa estranha de se ver. Mas muito bonita e calma. Você vê a lua, você vê o mar. É muito calmo".»

Esta descrição lembrou-me preocupantemente a cena da eutanásia assistida da personagem de Edward G. Robinson no filme «Soylent Green» de 1973. Vale a pena recordá-la no vídeo abaixo. E note-se que o filme é uma antecipação científica de carácter distópico, em que a acção decorre num futuro que então parecia longínquo mas que agora já está bem próximo de nós: o ano é 2022 e o Mundo atravessa uma crise de superpopulação e de escassez de recursos, nomeadamente alimentares.

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