O
khat é uma planta que se pensa ser originária de África (supõe-se da Etiópia) mas que também se cultiva no Sul da Península Arábica e que contem um estimulante natural, que produz efeitos semelhantes aos das
anfetaminas. Em países como o Yemen, a Etiópia, a Somália ou a Eritreia, de há muito que faz parte da cultura local mascar socialmente a planta, que é preparada para consumo como aparece na fotografia abaixo.

Apesar de transmitir, como seria de esperar, uma sensação de bem-estar ao consumidor, o hábito de mascar
khat levanta os mesmos problemas que o consumo regular de qualquer outro tipo de estupefaciente, álcool ou tabaco. Até agora, o preço do produto, relativamente elevado para o nível de vida local, tinha servido de travão aos níveis de consumo mas, actualmente, a prosperidade relativa de um pequeno país da região vira-se contra ele.

O pequeno país é o
Djibuti, uma antiga colónia francesa, composta principalmente pelo
porto do mesmo nome, estrategicamente localizado na embocadura do Mar Vermelho e que se tornou independente em 1977. Apesar da maioria da população ser somali, o país e os seus habitantes preferiram permanecer como nação independente, beneficiando do facto de Djibuti ser o porto de comércio marítimo exclusivo da Etiópia desde 1991.

Como acontecia outrora em Moçambique com
Lourenço Marques (em relação ao
Transvaal) e com a
Beira (em relação à
Rodésia), a cidade e porto de Djibuti (onde habitam 400.000 habitantes, o que representa mais de 80% da população total do pais) vive uma prosperidade assente no sector dos serviços associados ao comércio externo de um grande vizinho. Os djibutianos são relativamente prósperos e gostam
muito de
khat…

Ultimamente, e como acontecerá com muitas coisas neste mundo, mais do que uso, tem sido o crescente
abuso do consumo de
khat que tem deixado preocupadas as autoridades djibutianas. Outrora comparada a uma espécie de Hong-Kong do Oceano Índico, a dinâmica da cidade, que nunca foi muito alta, tem vindo a diminuir cada vez mais. Depois da hora da sesta, é frequente já não se trabalhar mais, tal é a
pedrada do
khat entretanto mascado…

Tens a certeza que por cá não há também o mesmo hábito social?
ResponderEliminarÉ que por vezes assistimos a intervenções de pessoas supostamente responsáveis que só se justificam com uma grande pedra.
É bem possível, Donagata. Não é khat mas também costuma dar uma grande "pedra" começada por b...
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