Em 9 de Setembro de 1943, o comando da Wehrmacht em Itália, suspeitando há muito de uma eventual traição italiana, com a palavra de código Achse desencadeou a Operação Alarico, que havia sido projectada muito de antemão, para a neutralização de todas as unidades das Forças Armadas italianas. Um pouco depois, a Rádio dos Aliados anunciava, pela voz do General Eisenhower, que havia sido firmado um Armistício entre eles e o governo italiano do Marechal Pietro Badoglio. Foi o fim sórdido de uma Aliança que começara grandiloquente, bem ao gosto do fascismo italiano: o denominado Pacto de Aço que fora firmado pelos dois países em Maio de 1939. E vale a pena mencionar como foi variada a reacção das diferentes unidades italianas estacionadas no exterior quando foram desarmadas: em França não opuseram qualquer resistência, mas na Jugoslávia houve grupos de soldados que preferiram desertar e aderir aos resistentes de Tito, enquanto na Sardenha, pelo contrário, preferiram continuar a luta ao lado dos alemães. A lista do material assim adquirido pelos alemães impressiona, mesmo depois de três anos de guerra: 1.250.000 espingardas, 38.000 metralhadoras, 10.000 canhões, 1.000 carros de combate, 4.500 aviões, 290.000 toneladas de munições, 15.500 camiões de transporte, 196.000 toneladas de minério de ferro, etc. E o comentário a esse respeito proferido pelo General Jodl parece-me muito mais sincero do qualquer das proclamações da época do Pacto de Aço: «A abundância voltou por uns tempos à Wehrmacht. Foi o único serviço que a Itália alguma vez nos prestou»…
Nas fotografias, blindado e tropas das SS diante da catedral de Milão (acima) e tropas paraquedistas na praça de São Pedro em Roma (abaixo)
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