(Republicação)
12 de Setembro de 1943. Uma operação aerotransportada de paraquedistas alemães liberta o antigo Duce Benito Mussolini do cativeiro em que fora colocado pelas autoridades italianas. A operação terá tido significativo efeito na moral alemã mas terá poucas consequências práticas: não houve um ressurgimento da resistência italiana aos Aliados. Mussolini foi colocado à frente de um estado fantoche sob uma tutela alemã não disfarçada. Mas não são as circunstâncias nem as consequências da Operação Carvalho que aqui se pretende desenvolver. Hoje, quando se completam precisamente 75 anos sobre a sua realização.
A operação foi concebida e comandada por um major Otto-Harald Mors (na fotografia acima, ao lado de Benito Mussolini) e pelos seus paraquedistas. E, no entanto, quem pensa que sabe alguma coisa sobre o assunto, concebe-a protagonizada por Otto Skorzeny das SS (fotografia abaixo).
Na verdade, aquilo em que Skorzeny se revelou muito superior a Mors foi em descaramento, imodéstia e instinto para aparecer na fotografia, nomeadamente insistindo em acompanhar Mussolini (um risco para a segurança do resgatado!) para se exibir depois junto de Hitler. A condecoração atribuída a Skorzeny foi mais elevada do que a atribuída a Mors. A acrescer a isso, depois da guerra, Skorzeny continuou a insistir em contar a proeza à sua maneira (abaixo, o esboço foi desenhado anos depois da acção ter tido lugar). Há a História e há estes romances em que os heróis - do estilo de Skorzeny - são aqueles que têm mais jeito para contar como foram heróis...
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