(Republicação)
18 de Setembro de 1973. Foi já há 50 anos que os dois estados alemães vieram a ser admitidos simultaneamente na Organização das Nações Unidas. Passaram-se já cinquenta anos mas convém acrescentar que as duas Alemanhas haviam tido que esperar 28 anos pela sua entrada na ONU. O problema não era apenas, nem sobretudo, o de se tratar de um dos países vencidos da Segunda Guerra Mundial: refira-se que o Japão se encontrava precisamente nessa mesma situação, mas já fora admitido 17 anos antes. A questão primordial que atrasara a admissão das duas Alemanhas era a da divisão do país. Aliás, o mesmo problema impedia ainda naquela altura a admissão das duas Coreias e dos dois Vietnames. Mas, por fim, os dois blocos da Guerra Fria haviam chegado a um acordo que possibilitara a admissão simultânea pelo menos das duas Alemanhas, a de Leste e a de Oeste, conjuntamente e em contraste com a das Bahamas, um pequeno país de 180.000 habitantes que acabara de receber a independência do Reino Unido há apenas dois meses. As fotografias assinalam a cerimónia simbólica do içar das bandeiras dos três novos estados membros em Nova Iorque. Há uma carregada ironia no facto do secretário-geral da ONU de então ser o austríaco Kurt Waldheim, que acima vemos a discursar. Ironia pelo facto de posteriormente se ter vindo a descobrir que Waldheim tinha um passado militar assaz controverso na Wehrmacht, quando ele também havia sido alemão entre 1938 e 1945 (por força da anexação forçada da Áustria à Alemanha).
Gostei do post e do modo como esses detalhes foram apresentados.
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