2 de Setembro de 1963. A comunicação social ainda não incorporara o ritmo crescente dos acidentes de automóvel e as suas consequências. Não há números oficiais para este ano de 1963 mas é uma estimativa razoável apontar para que tenha havido cerca de 15.000 acidentes rodoviários em Portugal ao longo daquele ano, que terão provocado 800 mortos. Três desses acidentes eram objecto de notícia naquela edição do Diário de Lisboa, um deles envolvendo três agentes da PIDE no qual dois vieram a falecer. Nos anos que se seguiram, o número de acidentes rodoviários e de vítimas mortais foi crescendo, até atingir um preocupante patamar de mais de 2.000 mortos/ano nos dois decénios que vão de 1975 a 1996. Porém, contraditoriamente, a importância noticiosa dos acidentes foi diminuindo, quiçá por causa da sua banalização.
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