É sempre reconfortante visitar as páginas do jornal on-line ao fim de semana e encontrar boas notícias. Quer dizer, o que lá está escrito é aparentemente mau (Uma tempestade aproxima-se da Europa), mas o colunista em questão tem uma tal tradição de escrever asneiras e de se enganar rotundamente no que prevê que a reacção do leitor normal só pode ser a de ler o que lá aparece... e imaginar o contrário. No caso concreto, João Marques de Almeida acaba de prorrogar a presença de Angela Merkel à frente do governo alemão, ele que já há uns bons dois anos havia antecipado o fim da senhora (abaixo). Os jornais tradicionais caracterizavam-se pela publicação de cartoons - «desenho humorístico (...) de carácter extremamente crítico que retrata, muito sinteticamente, algo que envolve o dia a dia de uma sociedade». Creio que o Observador terá inovado ao conceber uma coisa parecida que designaremos por coloon. (palavra resultante da fusão de coluna de opinião e de cartoon) É o mesmo conceito humorístico do cartoon, mas não é desenhado, é antes redigido por um colunista e o efeito cómico resulta do facto do colunista sintetizar a sua opinião em títulos e subtítulos que se percebe estarem, ou se vêm a revelar, completamente errados. Como acontece com os cartoons, para os leitores que se afeiçoam ao estilo, percebe-se logo a piada, não vale a pena ler mais. Há vários opinion makers em Portugal que se especializaram nestes coloons, mas João Marques de Almeida, muito por causa do patrocínio que o Observador lhe tem dado desde que o jornal apareceu, é dos melhores. Portanto, e para regressarmos ao princípio, se ele antecipa que uma tempestade se aproxima, há razões para esperar que a evolução dos acontecimentos seja melhor do que se teme.
Para além da falta de vergonha na cara, muito bem deve(m) ganhar este(s) ....., nem sei o que lhe(s) chamar, para se sujeitar(em) a esta(s) triste(s) figura(s).
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