05 março 2020

A AUTORIZAÇÃO PARA A EXECUÇÃO DO MASSACRE DE KATYN

5 de Março de 1940 (data que se pode notar assinalada a branco no documento acima: 5-III-40). Há precisamente oitenta anos Estaline recebia este memorando de Lavrentiy Beria em que este lhe propunha a eliminação de 25.700 «nacionalistas contra-revolucionários» polacos aprisionados pelos soviéticos por ocasião da «sua» invasão da Polónia (oriental). Os visados naquele documento, que eram apenas uma fracção dos mais de 300.000 prisioneiros polacos originalmente capturados pelos soviéticos, resultavam já de um processo de triagem executado nos meses anteriores pelo NKVD (a polícia política soviética) e representavam uma parte da elite - eram quase todos oficiais e eram quase todos os oficiais... - da sociedade polaca. Estaline apôs no documento os seus comentários, usando os lápis de cor de que tanto gostava, e o assunto foi a discussão no Politburo logo no mesmo dia: o selo da aprovação (e da co-responsabilização...) é compartilhado por Estaline com Kaganovich, Kalinin, Mikoyan, Molotov e Voroshilov. Os prisioneiros a liquidar estavam distribuídos por três campos mas será uma floresta junto a um deles que emprestará o seu nome a mais este crime da História: Katyn. As execuções iriam começar dali por um mês e prolongar-se-iam pelo mês seguinte, Abril e Maio de 1940. Por esta vez, e num registo irónico à terminologia que costumava ser empregue para o registo dos planos quinquenais, ainda bem que, neste caso, as quotas de produção não chegaram a ser atingidas. Ficaram-se apenas pelos 85% do objectivo (25.700) Mesmo assim, foram quase 22.000 mortos. E é um assunto que ainda hoje, oitenta anos passados, ensombra as relações entre a Polónia e a Rússia.

5 comentários:

  1. Bom dia. Estava a tentar partilhar esta sua posta no meu facebook e ele, educadamente, informa-me que: herdeirodeaecio.blogspot.com

    Não foi possível partilhar a tua publicação porque esta ligação desrespeita os nossos Padrões da Comunidade
    Embirraram com o seu blogue ou foi só com esta notícia.

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  2. Bom dia. Em primeiro lugar agradeço-lhe o destaque que quis dar a esta publicação. Isso é que é, para mim, importante.

    Infelizmente, confirmo-lhe que, aqui há dois meses, aquilo que eu suponho tenham sido denúncias terão desencadeado essa reacção do facebook. Àqueles que eram meus contactos (amigos...) nessa plataforma anunciei então:

    «Pelos vistos, o meu problema para os administradores do Facebook será a importação que faço dos textos que publico originalmente no meu blogue Herdeiro de Aécio, algo que tinha vindo a fazer desde que abrira esta página, já perdi a conta aos anos que foi. Sem que eu perceba muito bem porquê, eliminou-os a todos. Como a minha intenção ao usar o Facebook desde o princípio foi a de expandir a visibilidade do Herdeiro de Aécio, fico com pena, mas não vou fazer o mínimo esforço em contornar a situação que agora criaram. A quem ainda esteja interessado em ler o que vai aparecendo no Herdeiro de Aécio limito-me a sugerir-lhes que vá lá, ao blogue, directamente. Não vale a pena contemporizar com esta malta.»

    Não sei se respeitarei os padrões desta comunidade, mas, em suma, mandei o facebook e o sonso do Zuckerberg que o corporiza PARA O CARALHO, que é o que eles merecem.

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  3. Tenho muita pena porque estes postes são muito bons e fazem falta.

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  4. Pois, mas eu não me sinto responsável por ter feito algo de errado, para que tenha que ser eu, junto de quem gere o facebook, a tomar a iniciativa de me exonerar de culpas que não reconheço.

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  5. Faço-o um pouco, aliás, para não repetir a lógica dos tempos aberrantes retratados por este poste, em que os culpados, em «confissões espontâneas», se assumiam como culpados embora tivessem que receber «uma ajuda» para identificar aquilo de que eram culpados.

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