04 setembro 2018

A SÉTIMA MEDALHA OLÍMPICA DE MARK SPITZ


4 de Setembro de 1972. No último dia das competições de natação, na prova de estafetas de 4 x 100 metros estilos, o nadador norte-americano Mark Spitz (1950- ) conquista a sua sétima medalha de ouro nos Jogos Olímpicos que então se estavam a disputar em Munique. Tratava-se de um feito que jamais fora alcançado em qualquer outra competição olímpica*. Em termos mediáticos, a competição havia encontrado um dos seus heróis. Os jornais consagravam-no, inventavam-lhe uma namorada alemã (abaixo), mas o que os jornalistas ainda não sabiam é que o dia seguinte se assinalaria pelo acontecimento que, esse sim, viria a marcar definitivamente aqueles jogos: a tomada como reféns de toda a delegação israelita por um comando palestiniano, que culminou com o assassinato dos primeiros. Nessa perspectiva, o título que foi escolhido pelo Diário de Lisboa para capa naquele dia de consagração de Mark Spitz - «As Olimpíadas do Amor» - tornou-se uma enorme e amarga ironia.
* E que só viria a ser alcançado e mesmo ultrapassado nos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008 pelo nadador (também americano) Michael Phelps (1985- ), com oito títulos olímpicos numa mesma edição.

2 comentários:

  1. O A.Teixeira contínua a ter no DL fontes de inesgotáveis de notícias.

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  2. É uma fonte "depurada", que nos mostra como as notícias foram noticiadas no momento em que aconteceram.

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