17 novembro 2014

UMA CERTA SUPERIORIDADE DO OCIDENTE

Mais do que a notícia ou o valor alcançado em leilão (robusto: praticamente 1,9 milhões de Euros), a própria venda deste antigo chapéu de Napoleão é uma demonstração de como o declínio do Ocidente é um processo mais lento do que aquilo que se escreve por aí. Lê-se pelas notícias que o adjudicatário foi um coleccionador sul-coreano e que o valor de adjudicação terá quadruplicado as estimativas iniciais daquilo que renderia se vendido. O actual proprietário ter-se-á disposto a pagar tal valor por gratificação pessoal e/ou como activo de investimento e é nessas duas facetas que é indispensável que o chapéu tivesse pertencido a Napoleão Bonaparte (1769-1821), personagem da História de França, da Europa e Universal, o proprietário anterior que torna o objecto único, invejado e cobiçável. Mesmo no país de origem do coleccionador se saberá de quem se trata; o inverso é que já não será assim: desafio a quem fora da Coreia, em França, na Europa, no resto do Mundo, consiga mencionar uma figura que seja da História coreana que tivesse sido contemporânea de Napoleão, esqueça-se lá o hipotético chapéu (gat) desse desconhecido...

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