Delacroix 1830
Foi o quadro que Delacroix pintou em 1830 – A Liberdade guiando o Povo – que popularizou a estética da imagem de uma mulher muito jovem armada a protagonizar a Revolução.
Barcelona 1936
Foi pena que em Outubro de 1917 as mulheres bolcheviques não fossem o tipo de mulheres dispostas a pegar em armas e que aquelas que foram as verdadeiras mulheres de armas na ocasião se tivessem até oposto à Revolução. Não houve oportunidade para boas fotografias daquele mesmo género...
Paris 1944
Mas a propaganda tem uma relação distanciada com a verdade e as quatro décadas seguintes viram todas as boas insurreições populares armadas ilustradas com a correspondente fotografia da heroína em armas, que podemos apreciar nos casos de Barcelona (1936), Paris (1944) ou Budapeste (1956).
Budapeste 1956
Neste último caso fechava-se um ciclo, pois aquilo pelo qual a heroína se insurgia na Hungria representara as bandeiras das heroínas anteriores em Espanha e também um pouco em França. O desfecho também demonstrava quanto a violência armada urbana se tornara inconsequente.
Paris 1968
Daí por diante, na Europa civilizada deixara de fazer sentido armar as insurreições (e as heroínas) e nos casos posteriores como o de Paris em Maio e de Praga em Agosto de 1968, regressou-se a Delacroix e devolveu-se-lhes a bandeira em substituição da arma.
Vietname 1960s
O modelo original da jovem heroína armada foi abandonado na Europa e remetido para as insurreições no Terceiro Mundo. São os casos destas duas últimas fotografias referentes ao Vietname nas décadas de 60/70 e à Nicarágua nas de 70/80.
Nicarágua 1970s
Actualmente a incorporação de mulheres em quase todos os exércitos convencionais do Mundo esvaziou este género de fotografias de qualquer significado especial.
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