20 novembro 2014

...EM CIMA E POR DEBAIXO DA MESA

Cansado do bordão de linguagem tornado cansativamente recorrente dos problemas (e correlacionados) que estão sempre em cima da mesa¹, quero fazer votos que as revelações que vão surgindo a propósito (como esta, acabada de sair, que também o chefe de gabinete de Miguel Macedo metia umas cunhas) do escândalo dos vistos gold sejam uma oportunidade para arejar a expressão por debaixo da mesa, de uma sintaxe igualmente bonita e muito pertinente para a ocasião.

¹ Exemplo típico do uso e abuso social da expressão nos dias que correm, socorro-me de uma vulgar notícia no Diário de Notícias onde se lê no primeiro parágrafo: Em resposta à escassez de químicos para injeções letais por boicote de empresa europeia que é contra a pena de morte, o estado do Utah, EUA, coloca em cima da mesa o fuzilamento de condenados. Ora os fuzilamentos costumam ser ao ar livre, o pelotão dispara de pé, o condenado costuma estar também de pé, outras vezes está sentado, e aí será preciso uma cadeira, mas mesas é que não são mesmo precisas.

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