Veio-se a descobrir que o Iznogoud, se queria ser califa no lugar do califa, afinal não quer ser conselheiro no lugar do Capucho… Supõe-se que quem aconselha Iznogoud seja o Schtroumpf de óculos (abaixo), a que todos reconhecem a reputação de intelectual, que lhe recomendou que ignorasse a tentação e fizesse como a raposa da fábula: Era uma vez uma raposa que tinha muita fome. Como era época de caça, os animais não estavam nas suas tocas. Ela estava faminta, até que passou por baixo e uma latada com uvas maduras. A raposa bem tentou chegar às uvas, mas como não conseguia pensou para si:
- Ah! Estão verdes, não prestam! Só os cães as podem comer.
Só que a fábula continua: A raposa continuou o seu caminho mas ao ouvir um barulho pensou:
- Uma uva para eu comer!
Vira depressa o focinho. Mas que desilusão! Era apenas uma folha que caíra. A raposa foi-se embora triste e esfomeada.
Mas isto é política à portuguesa a sério, não uma fábula qualquer, e não precisa de ter um fundo moral. Se se conseguem mandar publicar artigos consecutivos no mesmo jornal (Diário de Notícias) intitulados:
Menezes vai entrar no Conselho de Estado
Lei pode ser alterada para Menezes entrar
Menezes à espera de entrar no Conselho de Estado
Menezes abdica do Conselho de Estado
É garantido que se alguma parra fizer Luís Filipe Menezes virar o focinho, o próximo boneco da BD que ele vai imitar é o Calimero…
Este senhor Menezes é um político de fachada, ou seja, tem vindo a compor uma imagem de respeitabilidade, serenidade, "Sentido de Estado" (fórmula catita), determinação, profundidade de pensamente, rigor na definição dos objectivos, enfim, a panóplia que os ciganos vendem aos candidatos a figurões da coisa pública.
ResponderEliminarO pior é que só convence os convencidos, não seduz, não arrebata, porque lhe falta uma coisa que ninguém consegue inventar, ou se tem ou não tem: autenticidade.
E Menezes não tem.
Nem sequer é raposa, é mais pavão...
A evocação das figuras alegóricas está deliciosa, no estilo admirável do Herdeiro...
ResponderEliminarObrigado pelo elogio Carteiro. Confesso que me é difícil levar Menezes (e a equipa dirigente do PSD) a sério...
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