29 outubro 2007

QUERER SER CALIFA NO LUGAR DO CALIFA – 2 (ainda com mais vontade!)

Foi Allah, em toda a sua infinita sabedoria, que inspirou Goscinny a imaginar um adjunto a Iznogoud, o grão-vizir de ambição desmesurada que quer a todo o custo ser califa no lugar do califa. Chama-se Dilat Larath (abaixo). Mais de mil anos depois, o nosso novo Iznogoud, que quer ser conselheiro de estado haja a legislação que houver, também recebeu o auxílio do seu Dilat, na pessoa (improvável) de José Pedro Aguiar Branco. E a argumentação do ajudante* é tão desastrada quanto as peripécias por que Dilat passa nas aventuras imaginadas por Goscinny e desenhadas por Tabary…
A questão de fundo, que também Aguiar Branco tenta iludir na sua argumentação (é actividade que parece não ser o seu forte…), é que são os próprios problemas orgânicos do PSD (a eleição de uma nova direcção) que impedem a criação de uma solução que seja do agrado do novo presidente do partido… A maioria das eleições para os cargos do estado são feitas nominalmente e, neste caso, mesmo havendo a eventual desistência de António Capucho, nada garantiria que a sua substituição pudesse ser feita por aquele que aqueles que dirigem actualmente o PSD desejam…
Suponho que se aceita que o funcionamento das instituições do estado não deve ser concebido tendo em conta as prioridades dos partidos – pelo menos os partidos afirmam-no, a começar pelo PSD, quando proclama que a sua prioridade é o país… Mas o mais preocupante nesta história não estará em Menezes, está em quem aparece a acompanhá-lo nessa tese, alguém que se pretendeu preservar para outros combates como reserva moral desta deriva populista: Aguiar Branco. Se este for o exemplo da reserva moral actual do partido, qual será o significado interno das palavras amoral e imoral?

* Ouvia-a também no RCP.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.