Surpreende-nos quando interceptamos pessoas a quem atribuímos um certo estatuto intelectual, a caírem em exercícios argumentativos excessivos e descabidos como é o caso de Luís Campos e Cunha quando, num seu artigo de hoje no Público, exprime a sua opinião sobre o referendo: … não gosto de referendos nos moldes em que estão previstos no caso português. Os referendos devem ser claros quanto à alternativa. Ou seja, se quiséssemos referendar este tratado e ele fosse recusado, qual era a alternativa: saíamos da UE? Ficaria apenas o tratado chumbado? E porquê? Nada disto seria claro e nada pior que fazer uma pergunta em referendo cujas consequências não são claras no caso de vencer o “não”.
Não seria preciso um referendo, mas se auscultassem qual seria o sentido do meu voto sobre a opinião acima expressa por Luís Campos e Cunha, ela seria discordante. Suponho que sem necessidade de grandes clarezas quanto às causas dessa minha opinião. Ou pelo menos sem que as minhas alternativas às causas porque Luís Campos e Cunha terá adoptado aquela opinião não sejam tão radicais como as que ele levanta no seu texto: porque ele está a ser mentecapto? Porque está a ser intelectualmente desonesto? Ou porque esteja apenas a fundamentar disparatadamente a sua opinião? E para quê? Para clamar por clareza num hipotético processo eleitoral em que, pela opinião de Luís Campos e Cunha, parece não haver qualquer outra opção aceitável…
Tanto apelo à clareza das alternativas nas escolhas políticas que possamos fazer num artigo em que a frase forte de Luís Campos e Cunha é - devidamente destacada pelo próprio jornal… - ...(com Santana Lopes), Sócrates vai ter um interlocutor no Parlamento do seu nível político e intelectual torna-se num grande bolo de despeito de que a frase apenas é a cereja que o coroa pela coerência… Pelos vistos, na opinião de Luís Campos e Cunha, nas últimas eleições legislativas não houve grande clareza quanto as distinções do nível político e intelectual dos dois candidatos alternativos ao cargo de primeiro-ministro… Terá descoberto isso antes ou depois do vencedor das eleições lhe ter oferecido (e ele ter aceite…) a pasta das finanças?
Não seria preciso um referendo, mas se auscultassem qual seria o sentido do meu voto sobre a opinião acima expressa por Luís Campos e Cunha, ela seria discordante. Suponho que sem necessidade de grandes clarezas quanto às causas dessa minha opinião. Ou pelo menos sem que as minhas alternativas às causas porque Luís Campos e Cunha terá adoptado aquela opinião não sejam tão radicais como as que ele levanta no seu texto: porque ele está a ser mentecapto? Porque está a ser intelectualmente desonesto? Ou porque esteja apenas a fundamentar disparatadamente a sua opinião? E para quê? Para clamar por clareza num hipotético processo eleitoral em que, pela opinião de Luís Campos e Cunha, parece não haver qualquer outra opção aceitável…
Tanto apelo à clareza das alternativas nas escolhas políticas que possamos fazer num artigo em que a frase forte de Luís Campos e Cunha é - devidamente destacada pelo próprio jornal… - ...(com Santana Lopes), Sócrates vai ter um interlocutor no Parlamento do seu nível político e intelectual torna-se num grande bolo de despeito de que a frase apenas é a cereja que o coroa pela coerência… Pelos vistos, na opinião de Luís Campos e Cunha, nas últimas eleições legislativas não houve grande clareza quanto as distinções do nível político e intelectual dos dois candidatos alternativos ao cargo de primeiro-ministro… Terá descoberto isso antes ou depois do vencedor das eleições lhe ter oferecido (e ele ter aceite…) a pasta das finanças?
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