20 outubro 2007

O TE DEUM

Eu tenho imensas dúvidas quanto à pertinência e oportunidade para a assinatura de um Tratado nestes termos entre os países da União Europeia, procuro e não tenho encontrado entre a pretensa pluralidade da comunicação social quem levante a questão nestes termos ou noutros e, depois do dia de ontem, quase me considerava fazendo parte de uma extremidade remota do espectro opinativo sobre os assuntos europeus, qual espécie de Jaime Nogueira Pinto do passado, ou de Mário Machado do futuro…
Deve ter sido tudo isso que me reforçou a simpatia com que acolhi o artigo de hoje de José Pacheco Pereira no Público*, como peça quase única, desfasada do ambiente de auto-congratulação unânime da comunicação social portuguesa. Eu julgava que aquelas missas solenes de acção de graças (os Te Deum) eram coisas barrocas da época do nosso rei João V… Participavam todos os membros da corte, do corpo diplomático tal como aqueles que tivessem importância social na Lisboa da época, a ponto das ausências serem notadas e passíveis de sanção régia.

E daí, talvez a analogia seja ainda mais pertinente que isso: ontem como hoje, foram épocas onde houve dinheiro, não houve foi engenho para saber o que fazer com ele…

* Estão ambos de parabéns, obviamente mais o primeiro do que o segundo.

Sem comentários:

Enviar um comentário